Autossabotagem: o que é, sinais, tipos e tratamento

Relacionamento abusivo: por que não é tão simples assim sair dele? 



Autossabotagem é um comportamento em que a pessoa age, consciente ou inconscientemente, de forma a se prejudicar na realização das tarefas necessárias para alcançar um objetivo.

Normalmente, a autossabotagem é provocada por crenças pessoais, medos, baixa auto-estima ou dificuldade para lidar com sensações negativas, por exemplo, que levam a pessoa a evitar tomar a iniciativa necessária.

Em caso de suspeita de autossabotagem, é importante identificar os pensamentos e comportamento prejudiciais para enfrentá-los, podendo ser indicado consultar um psicólogo e realizar um acompanhamento para desenvolver estratégias para lidar com as dificuldades.

Sinais de autossabotagem

Os principais sinais da autossabotagem são:

  • Sentir constantemente que não tem controle sobre as coisas; 
  • Pensar ou planejar excessivamente, tentando antecipar todos os possíveis obstáculos de uma tarefa;
  • Ser muito crítico consigo e com outras pessoas, podendo ter dificuldade para aceitar elogios
  • Permanecer em relacionamentos pouco saudáveis por medo de se sentir abandonado;
  • Dificuldade para confiar em outras pessoas por acreditar que ninguém realmente é capaz de compreender seus sentimentos;
  • Adiar tarefas com frequência, especialmente quando se acredita que não será capaz de completá-las;
  • Evitar se envolver emocionalmente, devido ao medo de ser magoado.

Além disso, alguns comportamentos que podem prejudicar a saúde são mais frequentes em pessoas que se autossabotam, como consumir bebidas alcoólicas excessivamente, usar drogas ilícitas e ter vários parceiros sexuais.  

Como é o ciclo da autossabotagem?

O ciclo da autossabotagem consiste em ter pensamentos e comportamentos que se tornam persistentes ou recorrentes devido a crenças pessoais ou sensações ruins, como dúvida e/ou medo, e sempre afastam a pessoa de seus objetivos.

Como confirmar se é autossabotagem

A autossabotagem é identificada pelos sinais e comportamentos que prejudicam a pessoa em alcançar seus objetivos e nem sempre é facilmente notada. Por isso, pode ser necessária a ajuda de um psicólogo para confirmar se realmente é autossabotagem.  

Caso deseje marcar uma consulta, é possível encontrar o psicólogo mais próximo de você utilizando a ferramenta abaixo:

O psicólogo pode ajudar a pessoa a identificar hábitos, comportamentos e crenças que podem ser prejudiciais para a sua vida, possíveis causas e a como lidar com as dificuldades. 

Possíveis causas

As principais causas de autossabotagem são:

  • Crenças pessoais, que são desenvolvidas no longo da vida;
  • Medo do fracasso, sucesso, intimidade ou rejeição, por exemplo;
  • Baixa auto-estima e/ou auto-confiança;
  • Dificuldade para lidar com sensações negativas, como insegurança ou vulnerabilidade.

Além disso, a autossabotagem também pode acontecer para evitar que a pessoa não saia de uma situação vantajosa ou receber algum benefício, podendo ser feita conscientemente em alguns casos.  

Tipos de autossabotagem

Os tipos de autossabotagem mais comuns são:

1. Manter relacionamento tóxicos

A autossabotagem no relacionamento pode fazer com que a pessoa insista em mantê-lo, mesmo quando o relacionamento é tóxico e/ou abusivo, por exemplo. Normalmente, esse tipo de autossabotagem acontece devido ao medo da sensação de abandono. 

2. Repressão emocional

A autossabotagem pode fazer com que a pessoa reprima suas emoções, fazendo com que evite demonstrá-las. É comum quando a pessoa tem medo de se envolver emocionalmente devido ao risco de se magoar, por exemplo.

3. Culpar-se constantemente

Ao se culpar constantemente a pessoa que desenvolve este tipo de autossabotagem tende a evitar enfrentar julgamentos e críticas, por exemplo, que algumas vezes são importantes para o seu crescimento pessoal/profissional.

4. Autocriticar-se excessivamente

Autocriticar-se pode ser uma forma de autossabotagem, fazendo com que a pessoa se distancie emocionalmente de outras, especialmente ao receber elogios e parabenizações, por exemplo, e pode prejudicar o desenvolvimento de relacionamentos.

5. Procrastinar

A procrastinação é o ato de adiar tarefas e obrigações, sendo um tipo de autossabotagem comum em pessoas que têm medo de lidar com as sensações negativas provocadas pelos desafios e pela possibilidade de fracassar.

6. Não agir para mudar

Não agir para mudar é uma forma de autossabotagem que algumas pessoas desenvolvem devido a sensações ruins, como desconforto ou insegurança, envolvidas no processo de mudança. 

Como é feito o tratamento

Para tratar a autossabotagem é importante: 

  • Perceber os comportamentos e pensamentos prejudiciais;
  • Identificar as possíveis causas da autossabotagem;
  • Preparar-se para lidar com os sentimentos negativos;
  • Tomar a iniciativa para fazer as mudanças necessárias;
  • Buscar formas de se distrair, para afastar os pensamentos negativos e aliviar a ansiedade;
  • Cuidar de si, evitando o consumo excessivo de álcool e fazendo atividades físicas regularmente, por exemplo.

Além disso, o acompanhamento com um psicólogo pode ajudar a pessoa a identificar a autossabotagem e desenvolver as estratégias necessárias para eliminar e/ou lidar com suas causas, especialmente quando a autossabotagem é feita inconscientemente. Conheça os tipos de psicoterapia e como é feita.

Formas de abuso: como identificar o início de um relacionamento tóxico

Apesar de a palavra “violência” ser geralmente atrelada à agressão física, existem diversas outras formas em que o abuso pode se fazer presente em um relacionamento. Prestar atenção ao padrão de comportamento da pessoa com quem se está relacionando é essencial.
Isolamento:
O parceiro tenta cortar o contato da pessoa com amigos e família, controlando com quem ela fala, aonde vai e quem visita, diminuindo assim sua rede de suporte. Com apoio de outras pessoas, é mais fácil enxergar os abusos sofridos e, por isso, manter outros relacionamentos é tão importante.
Desrespeito às fronteiras:
Ignorar ou ultrapassar limites estabelecidos, seja físico, emocional ou digital, mostrando pouco respeito pela privacidade e autonomia do parceiro ou parceira. Isso consiste desde toques indesejados, até a invasão de mensagens e redes sociais da pessoa com qual esta se relacionando.
Culpabilização:
Fazer a pessoa se sentir culpada por tudo, inclusive pelos abusos sofridos, e inverter frequentemente a realidade para fazer parecer que a vítima é a responsável até mesmo pelas atitudes da outra pessoa.
Gaslighting:
Gaslighting é um termo em inglês que significa “manipulação”, usado para caracterizar uma forma de manipulação psicológica em que o abusador faz a vítima duvidar de sua própria memória, percepção ou sanidade, por meio da negação, mentira e contradição. Quando não consegue acreditar na própria realidade, é muito mais fácil que a pessoa se veja condicionada a acreditar na realidade do outro.
Humilhação e críticas constantes:
Desvalorizar, criticar ou zombar constantemente, especialmente em público, para desgastar a autoestima e a independência da pessoa. Nesse aspecto, é comum que o abusador faça comentários a respeito da inteligência, postura, e até mesmo aparência da pessoa.
Controle excessivo:
Controlar aspectos da vida do parceiro ou parceira, como atividades diárias, aparência, finanças ou contatos sociais, muitas vezes disfarçado de preocupação ou amor. Dentro do âmbito, comentários sobre a quantidade de passeios da pessoa, ou o tipo de roupa que está vestindo, são alguns sinais para ligar o alerta.
Explosões de raiva e intimidação:
Usar a raiva ou ameaças para obter controle ou manter a pessoa em um estado de medo ou submissão.
Comportamento passivo-agressivo:
Expressar ressentimento e negatividade de forma indireta, por meio de sarcasmo, procrastinação e atitudes hostis disfarçadas, evitando confronto aberto.
De fora, pode parecer muito fácil enxergar que alguém precisa se afastar de um relacionamento abusivo. Mas a dinâmica confusa da relação pode prender a pessoa que fica perdida entre os picos de altos e baixos que compõe um relacionamento abusivo. É o que comenta a psicologa Renata.
“Após uma mordida, você espera o sopro, o alívio, e isso promove uma relação emocionante, uma montanha-russa de afetos”, explica. Segundo Renata, é a dúvida entre o “despreza-me ou me ama loucamente” que prende a pessoa naquele relacionamento.
Entretanto, pedir ajuda e se afastar dessa situação, apesar de difícil, é necessário. Isso porque estar em um relacionamento tóxico pode afetar diversas áreas da vida e causar prejuízos na saúde física e mental dos envolvidos. Para a psicologa, alguns transtornos como ansiedade, pânico, depressão, estresse pós-traumático podem ser resultados de vivenciar um relacionamento dessa natureza.
“O atendimento psicológico é a chave principal quando falamos de prevenção ao adoecimento emocional e também quando nos referimos ao tratamento, após a efetivação de transtornos e traumas”, argumenta a profissional.
É muito triste a gente conviver com uma pessoa que passa por esta situação e não poder fazer nada para libertá-la ,nos sentimos impotentes ,principalmente porque estamos vendo a pessoa que amamos ,nosso sangue ,como por exemplo pessoa da família ,sofre todos . Por outro lado o explorador não sente nenhum remócio o ao manipular,dominar a pessoa com falso amor ,com muita chantagem envolvida ,tipo se não fazer isso ou me dar aquilo te deixarei ,ou seja vou terminar o nosso relacionamento. 
As vezes chegam até a vida financeira como se o outro estivesse  a obrigação de mantê-lo ,dando dinheiro como se estivesse pagando pelo "Amor" dele(a).

Como se libertar do ciclo danoso de um relacionamento tóxico?


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