O direito ao voto livre e secreto, garantido pelo processo democrático, foi o foco da conversa entre a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, e influenciadores digitais nesta quinta-feira (22), durante o evento “Leis e Likes: o Papel do Judiciário e a Influência Digital”. O encontro, que começou ontem (21), contou com rodas de conversa que reuniram ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), autoridades judiciais e criadores de conteúdo. O evento foi organizado pelo STF, em parceria com o Redes Cordiais e o Instituto Vero, organizações que atuam na educação midiática.
“A presença de todos vocês aqui tem uma importância muito especial”, afirmou a ministra no início do encontro, quando apresentou a urna eletrônica que será utilizada nas Eleições 2024. “Como cidadã, estou pedindo a cada um dos senhores – que têm um papel muito mais importante porque têm a capacidade de falar com muito mais gente – e esperando apenas isto: confiem em vocês mesmos e confiem nessa urna. Ela pode dar a resposta que vocês querem”, pontuou a ministra.
Ao abordar a segurança das urnas eletrônicas, Cármen Lúcia destacou que o sistema de votação brasileiro é um exemplo para o mundo, assegurando que todas as cidadãs e todos os cidadãos são livres para escolher. “Eu vejo poucos momentos em que a gente é tão livre na vida como é na cabine eleitoral. Naquele momento, é você com você. Não há como alguém saber como você votou, não há como alguém cobrá-lo pelo que você votou. Você não deve satisfação, porque o voto é sigiloso, não há surpresa nisso. Nós trabalhamos exatamente para garantir isso. Estamos garantindo esse processo desde a Constituição de 88 e muito mais desde as urnas eletrônicas”, enfatizou a presidente do TSE.
O evento contou com a presença de influenciadores digitais renomados, como Professor Noslen, Rodrigo França, Vitória Mesquita, Txai Suruí, Tiele Miranda e Atila Iamarino. A visita dos comunicadores à sede do STF incluiu um tour cultural e discussões sobre temas como o impacto da influência digital em tempos de polarização e desinformação, a comunicação de direitos e como a influência digital pode aproximar a Justiça da sociedade e fortalecer o papel do Judiciário na sociedade brasileira.