O tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-comandante da Aeronáutica, prestou depoimento nesta quarta-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF) no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado articulada por Jair Bolsonaro (PL) e aliados após as eleições de 2022. Durante seu depoimento, Baptista Júnior declarou não ter convicção sobre a participação do então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, em reuniões investigadas pela Polícia Federal. “Gostaria de fazer uma ratificação, não tenho certeza da participação do Torres em alguma reunião”, afirmou Baptista, de acordo com a CNN Brasil.
Baptista Júnior já havia sido ouvido anteriormente nas investigações e relatado a presença em encontros nos quais foram discutidos planos com teor golpista. Em uma dessas reuniões, segundo ele, foram debatidos os termos da chamada “minuta do golpe” — documento que sugeria medidas inconstitucionais para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apesar de relatar ter presenciado as discussões, o ex-comandante afirmou ter se posicionado contra a proposta, atitude que, segundo ele, o tornou alvo de críticas e ataques por parte de apoiadores do então presidente Bolsonaro.
O tenente-brigadeiro foi convocado para depor como testemunha tanto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) quanto pelas defesas de Jair Bolsonaro, do ex-comandante da Marinha Almir Garnier e do ex-comandante do Exército Paulo Sérgio Nogueira. Inicialmente, a oitiva de Baptista Júnior estava agendada para segunda-feira (19), mas foi remarcada após sua defesa informar que ele se encontrava fora do país.
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(msn)