Na manhã desta quinta-feira (29), a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu o cantor Poze do Rodo. A investigação o relaciona a integrantes do Comando Vermelho. A equipe do artista reagiu publicamente por meio de um comunicado nas redes sociais.
Pronunciamento nas redes sociais
Segundo a nota, o funkeiro foi surpreendido com mandado de prisão temporária e uma ordem de busca e apreensão. Os advogados e assessores destacaram que as acusações não condizem com a trajetória do cantor.
“Hoje o Poze foi surpreendido com um mandado de prisão temporária e uma busca e apreensão na sua casa. A acusação de associação ao tráfico e apologia ao crime não fazem o menor sentido, Poze é um artista que venceu na vida através de sua música”, diz o comunicado.
Argumento sobre liberdade artística
A equipe também comparou a situação de Poze com a de outros profissionais do entretenimento, defendendo o direito de representação artística sem criminalização.
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“Muitos músicos, atores e diretores têm peças artísticas que fazem relatos de situações que seriam crimes, mas nunca são processados, porque se tratam justamente de obras de ficção”, argumentou a nota.
Acusação de racismo estrutural
No encerramento, os representantes do cantor classificaram o episódio como reflexo de preconceito e racismo, ampliando o debate sobre criminalização de artistas das periferias.
“A prisão do Poze, ou mesmo a prisão de qualquer MC nesse contexto, é na realidade criminalização da arte periférica, uma perseguição, mais um episódio de racismo e preconceito institucional, a forma absurda que o Poze foi conduzido é a maior prova disso”, afirmaram.
O caso segue sob investigação e a defesa promete recorrer judicialmente contra a medida.