A Prefeitura de Caeté, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, decretou situação de emergência em saúde pública após confirmar duas mortes por febre maculosa — doença infecciosa causada pela picada de carrapatos. O decreto, assinado pelo prefeito Alberto Pires (Avante), foi publicado em edição extra do Jornal Oficial de Caeté nesta sexta-feira (19/9). A medida terá validade de 180 dias.
Conforme o texto, o decreto possibilita à gestão municipal a adoção de medidas emergenciais para o enfrentamento da doença causada pela bactéria do gênero Rickettsia, transmissível por carrapatos. Entre elas estão a realização obrigatória de exames médicos, testes laboratoriais, coleta de amostras clínicas e tratamentos específicos, além da possibilidade de requisição de bens e serviços de pessoas físicas e jurídicas.
O decreto também prevê a criação de um Grupo de Enfrentamento à Febre Maculosa, que será coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde, bem como a dispensa de licitação para a aquisição de bens e serviços emergenciais. O texto ainda determina a proibição de atividades ou eventos, sejam eles públicos ou privados, em áreas rurais ou em regiões urbanas com características rurais.
Cenário em Minas Gerais
Como informado por O TEMPO, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou 27 casos de febre maculosa no estado em 2025. Belo Horizonte é o município com o maior número de registros, totalizando cinco casos, seguido por Itabira, que registrou quatro.
As únicas mortes provocadas pela doença ocorreram em Caeté, na Região Metropolitana da capital. O município confirmou dois óbitos na última quinta-feira (18/9), após a emissão de laudos pela Fundação Ezequiel Dias (Funed). De acordo com a SES-MG, apesar de as mortes terem ocorrido em Caeté, ainda não é possível confirmar que as vítimas tenham contraído a doença no município.
"Ressalta-se que o dado se refere ao município de residência, e não necessariamente ao local provável de infecção (LPI). A investigação epidemiológica sobre a origem dos casos e a definição das medidas cabíveis estão sob responsabilidade das equipes municipais de Vigilância em Saúde", destacou a secretaria.
A doença

A febre maculosa é uma doença endêmica em Minas Gerais, causada por bactérias do gênero Rickettsia e transmitida ao ser humano pela picada do carrapato-estrela infectado. Embora seja mais frequente durante os períodos de seca, especialmente entre abril e outubro, casos podem ocorrer ao longo de todo o ano. Por isso, a adoção de medidas de prevenção e o monitoramento constante são essenciais para evitar a doença.
No ciclo de transmissão, o carrapato se infecta ao se alimentar do sangue de animais portadores da bactéria, como as capivaras. No ser humano, o período de incubação — ou seja, o intervalo entre a picada do carrapato infectado e o surgimento dos sintomas — geralmente varia de 2 a 14 dias. Sem tratamento adequado, a doença pode evoluir rapidamente e levar ao óbito.
Sintomas
Febre;
Dor de cabeça intensa;
Náuseas e vômitos;
Diarreia e dor abdominal;
Dor muscular constante;
Inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés;
Manchas vermelhas nos pulsos e tornozelos, que podem aumentar nas palmas das mãos, braços ou plantas dos pés.
Prevenção
A principal forma de prevenir a febre maculosa é evitar o contato com o carrapato-estrela, mais comum no período de seca.
Use repelentes à base de Icaridina, eficazes na prevenção de picadas por carrapatos.
Vista roupas de cor clara, vestimentas longas e calçados fechados (preferencialmente com meias brancas e de cano longo).
Utilize equipamentos de proteção individual, como macacões de manga comprida, nas atividades ocupacionais em ambientes propícios para a presença de carrapatos.
Examine o corpo periodicamente para identificar a presença de carrapatos. Quanto mais rápido forem retirados, menor será a chance de infecção.
Ao encontrar carrapatos grudados à pele, remova-os com cuidado, preferencialmente com o auxílio de pinças e evite o esmagamento do animal com as unhas.
Mantenha pastos, lotes e áreas públicas limpas para evitar a proliferação de carrapatos.
Utilize carrapaticidas periodicamente em cães, cavalos e bois, conforme orientação veterinária.
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(otempo)

