O cantor e compositor Lô Borges, de 73 anos, faleceu em Belo Horizonte, conforme comunicado hospitalar divulgado nesta segunda-feira, 3 de novembro. A morte ocorreu na noite do domingo, 2, às 20h50, em função de falência múltipla de órgãos.
Nascido Salomão Borges Filho no bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, ele era o sexto de 11 irmãos. Ainda na infância, mudou-se para o centro da cidade, em decorrência de uma obra na residência da família, fato que transformou, para sempre, o rumo de sua vida e da música brasileira.
Aos 10 anos, conheceu o vizinho Milton Nascimento no prédio Edifício Levy, na Avenida Amazonas, e assim iniciou uma amizade criativa que geraria o movimento Clube da Esquina.
“Tocou a campainha lá na casa da minha mãe, era o Milton Nascimento falando: ‘Cadê o Lô?’. ‘Ah, o Lô tá na esquina…’”, contou Lô em entrevista.
No início dos anos 70, Lô Borges participou da criação do icônico álbum “Clube da Esquina” (1972), ao lado de Milton Nascimento, que viria a ser considerado um dos maiores discos da música brasileira e figurou entre os mais importantes da música mundial.
Além disso, composições como “Um girassol da cor do seu cabelo”, “O trem azul” e “Paisagem da Janela” aderiram ao repertório afetivo do país e ganharam versões por artistas de gerações diversas.
Internação e influência duradoura
No dia 17 de outubro de 2025, Lô Borges foi internado em Belo Horizonte após uma intoxicação medicamentosa, conforme relato hospitalar. Ele permaneceu em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), submetido à ventilação mecânica. No dia 25 de outubro passou por traqueostomia e, mais tarde, por sessões de hemodiálise.
Até recentemente, ele mantinha ritmo criativo intenso. Em agosto de 2025 lançou o álbum “Céu de Giz”, em parceria com Zeca Baleiro, e seguia a tradição de produzir trabalhos inéditos quase anualmente.
Sua influência atravessou gerações. Artistas como por exemplo Samuel Rosa, Tom Jobim, Elis Regina, entre tantos outros, gravaram ou referenciaram suas músicas.
A obra de Lô Borges se vinculou não só à música, mas ao espírito cultural de Minas Gerais e do Brasil. Sua trajetória acompanhou a expansão da música popular brasileira e suas ramificações, mantendo-se relevante por cinco décadas.
Sua partida gera um impacto imediato para o setor cultural e para fãs de todas as idades que acompanharam sua trajetória. O legado de Lô Borges segue vivo em cada acorde, em cada letra que permanece no repertório coletivo.

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