Adriane Galisteu abordou publicamente a forma como sua história com Ayrton Senna tem sido retratada — ou omitida — em produções recentes. Em seu reality, Barras Invisíveis, ela comentou sobre o distanciamento com a família do piloto e o impacto emocional dessa relação ao longo dos anos.

“Eles não vão conseguir me apagar”, diz Galisteu

Durante o episódio, Galisteu refletiu sobre o tratamento que recebe desde a morte do ex-namorado, com quem viveu um relacionamento de pouco mais de um ano até o acidente fatal em 1994.

“Sofro um apagamento que não é de agora, é da vida inteira. Mas eles não vão conseguir me apagar. Podem contar uma história muito diferente da que vivi, mas estou viva para contar a minha versão. Quem viveu com o Senna 24h, dormiu, acordou, se divertiu, chorou, fomos eu e ele. Podem fazer o que quiser. Vou continuar sendo indigesta e está tudo bem”, afirmou, em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo.

A declaração surge em meio às críticas à série Senna, lançada pela Netflix em novembro de 2024. A produção retrata a trajetória do piloto, mas praticamente omite Galisteu, que é interpretada de forma discreta por Julia Foti. A ausência mais evidente teria sido motivada por acordos entre a produção e familiares do tricampeão de Fórmula 1.

Novo projeto vai revisitar memórias do casal

Em resposta, Galisteu revelou que está envolvida na produção de um documentário para a plataforma Max, no qual pretende compartilhar, com mais profundidade, sua história ao lado de Senna.

“Esse é mais um projeto na minha carreira. É um mergulho profundo em memórias que, por muito tempo, ficaram trancadas. E reabri-las e encarar essas emoções de frente mexeu muito comigo, mas também está sendo libertador e incrível. E tenho certeza de que público vai gostar”, declarou a apresentadora.

Ela já havia publicado, em 1994, o livro O Caminho das Borboletas, no qual relatava momentos do relacionamento com o piloto.

Vida pessoal e planos familiares

Aos 52 anos, Galisteu também comentou sobre a maternidade. Mãe de Vittorio, de 14 anos, fruto da união com o empresário Alexandre Iódice, ela revelou ainda ter o desejo de ter mais filhos.

“Gostei tanto desse amor profundo [o de mãe] porque é tão sem limite, tão inimaginável. Eu não sabia que eu tinha tanto amor pra dar”, afirmou. “Quando o Vittorio chegou na minha vida, eu fiquei louca. Teria mais do que um [filho], mais um, mais dois, mais três.”

Ela compartilhou também que chegou a se inspirar em Cláudia Raia. “A Cláudia Raia me empolgou muito quando eu vi a relação dela com a gravidez. Eu falei, opa! Até liguei pra ela e falei: ‘Chegou minha vez, hein, gata, agora eu vou’. Mas fiquei sozinha nesse rolê, porque o Alê não quer. Então, ficou um sonho muito meu”, disse.